terça-feira, 30 de março de 2010

Miséria

Sorry, Derb Kirkeeid
Hoje, estava a chegar do almoço e deparei-me com um personagem esparramado no sofá ,que estava ali mesmo à minha espera.
Olhei, e no Gabinete ao lado do meu, a Su debatia-se com mais uns.
Chamei o personagem, de fato preto mal pronto e camisa branca desabotoada, cabelos que caíam em fios longos, como uma teia baça, um bigode ao estilo sem estilo, e uns óculos que lhe escorregavam pelo nariz, quando se começou a descompor.
Pois tratava-se de um artista, pintor, autodenominado, que tinha feito um crédito para comprar uma máquina fotográfica, e que não tinha aquele tipo de inteligência que o levava a lidar com as contas.
Eu, como afirmava a personagem, não era artista, tinha uma cabeça diferente, percebia aquelas coisas.
E eu ainda tentei, mas não fui longe.
Porque o personagem chamou-me antipática, sem inteligência, incompetente e ainda me perguntou se sabia o que era o livro amarelo.
Não parava de se ouvir.
E lá saiu, tristemente convencido que é um autodenominado artista pintor.
Vi a miséria.

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